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24 de jun. de 2011

Para não dizer que não falei das flores...


Estou na véspera da saudade, estralando os dedos por maldade. E dormindo por não ter o que fazer, por na verdade, ter perdido muitas chances. Para não dizer que não falei da realidade, ilusão seria agora, acreditar em eternidade, e desacorrentar do que me acorrentou por décadas. Sou uma flor, que suportou chuvas e tempestades. Musicas mal completadas e brigas mal interpretadas. Flor que hoje completa alguns dias de vida, vida após ser arrancada. Faço sim, da flor o meu mais forte refrão e a minha maior inspiração de hoje, sou eu. Para não dizer que não ousei esperar o sol nascer enquanto desabrochava nas mãos de alguém. Que sou finita, mas o bastante para que lembrem agora. Que me perco e me distraio por querer tudo de novo, mas enfim, continuo escrevendo e vou continuar escrevendo, mesmo que as dificuldades me forcem a parar. Meramente ilustrativa no capitulo da vida, página da saudade. Para não dizer que não falei das felicidades que encontrei, vezes em que me dobrei e guardei tudo pra mostrar ao mundo que, na verdade eu era mais do que uma flor. Que perdi minhas pétalas ou então devo ter murchado, mas não perdi o essencial: O que vivi enquanto as tinha. Pra dizer que não desanimei ouso dizer que a unica coisa que me mantém viva é imaginar o que farei com os espinhos que restaram. Caminhar, cantar, seguir a canção e a poesia. A prosa mal falada em volta do jardim. Para não dizer que não falei das mulheres, para não decepcionar as flores. Hoje coloco em destaque quem sofreu e suportou todos os devaneios que acontece com qualquer flor que represente o amor. Para não dizer que não falei do amor, digo e repito que sou flor e hoje como todo dia, é o meu dia.

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