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15 de jul. de 2011

Do platônico ao real

Sem muito enrolar ou laciar essa história eu vou direto ao enredo me nomeando como narradora da minha própria história. Por anos quis saber qual era o seu perfume, tendo ele só na minha imaginação. Platônico; e qual é a grande novidade? Se eu e milhares de garotas esperávamos uma aparecidinha sua na janela, em estilo paparazzi. Eu era só mais uma entre tantas outras fãs. Você estreou, o palco foi a minha vida. E eu que contava com a sorte de esbarrar em você - unica forma de te tocar -  assumi certa vez para mim mesma que era platônico. Era inegavelmente platônico. Irreconhecido. Te admirando assim como tantas outras que estavam na mesma plateia que eu, assistindo a esse seu espetáculo de existência. Amor-imaginário. Desprezado pelos outros e por você, também. Cultivado e cuidado por mim. Eu que me atirei para todos os lados da fé, criando maneira bonita de fazer você tão meu na vida real quanto no sonho. Eu era sua fã; e como não havia de ser? Qual é a mulher que não te conhece e não se apaixona? Por você, pelo seu desdém e corpo tão intocável, o mesmo que tantas vezes eu sonhei. Escrevi cartas como forma de paixão, não entreguei por falta de coragem. Você estava acima das minhas possíveis conquistas. Psicólogos afirmam: É comum.. A primeira paixão vem a ser platônica e inexistente. Impossível? Descrer também estava acima das minhas conquistas. E aí eu acordo agora, 7 anos depois. Do seu lado depois de uma grande noite e me recordo como quem goza do passado. Eu te consegui, e revido a quem disser que o platônico nunca pode se tornar real. Entre tantas outras que suspiravam ao ver a sua passagem, você me escolheu depois de tanto desdenhar do meu possível amor. Eu não me esquivei e nem fiz charme para não parecer fácil de mais. Me entreguei e segurei o que por direito da vida e da espera, era meu. Sou cada dia mais sua fã, só que ao invés de estar na sua platéia hoje te acompanho ao seu camarim. Te tenho através de um amor carnal. Além do que eu podia imaginar para as minhas mãos. Nunca recusei a sorte, cada vez mais perto do paraiso e fugir de um amor sonhado, na realidade seria meu maior erro. Te tenho; você é tão meu aqui quanto era nos meus sonhos de criança. E olha que eu sim, já tive milhares de provas do quão real você é. Você existe. Quem de nós dois quebrou o vidro que havia em volta de você? E você, acredita? Que até então o meu nome seria a ultima coisa que ele chamaria.. e eu ouvi ele chamar, porque pensei com tanta força, por anos e anos que hoje chega, me empurra e me faz cair, tamanha foi a força com que chegou que acabei me rendendo. Te mimo; amor real platônico. Eu mal posso acreditar no que estou vivendo. Estava na hora de acontecer; dormir e acordar para crer. A minha vida tinha que acontecer principalmente enquanto eu estivesse acordada. Sou sua e me submeto a qualquer atitude real para não te ter só na imaginação de novo. Faço, faço, faço e não aprendo. Melhor assim, antigamente eu costumava aprender, aprender e não fazer. O medo é grande de que você saia por aquela porta e me selecione de novo como mais uma fã, assim, sem autográfos particulares. Que embora eu tenha crescido, junto com os meus cabelos. O sentimento da criança ainda existe aqui. Eu só quero agora ligar para minha mãe e contar o que eu conquistei, mesmo que ela não me ouça. E que dure; enquanto tiver que durar, enquanto for necessário existir. Mas que exista!

7 comentários:

  1. Que lindo esse texto, nossa, tem muito de mim aí! Heheh =)

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  2. Que lindo o seu texto, parece muito histórias de novela :]

    Beijocaa'

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  3. Nossa, que dom voce possui para escrever! Muito lindo!!!

    www.robertavladya.blogspot.com

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  4. Me identifiquei muito...
    Você escreve com uma intensidade incrível que acredito que até quem não se identifica muito, vive esse momento na leitura. Lindo!
    PArabéns

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  5. Que lindo esse texto!
    Quem nunca teve um amor platônico né?
    Bjs :)

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  6. É ótimo saber que gostam mesmo não tendo total conhecimento ou não tendo vivido tal situação. As vezes também escrevo coisas que ainda não vivi! É reciproco. Beijinhos! :)

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