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6 de jan. de 2012

Talkin bout my girl, my Girl!


Não farei cerimonias ao iniciar essa análise sobre um clássico do cinema: My Girl (Ou, Meu primeiro amor, chamem como quiserem) A verdade é que o filme americano encantou e encanta gerações, desde seu lançamento, no ano de 1991. Bom, vamos lá.
A convite de um amigo, resolvi re-assistir a esse que, a muito tempo tornou-se além de um dos primeiros filmes de Macaulay Culkin, marca registrada nas nossas memórias. 
Quem é que nunca passou a tarde conhecendo sobre o mundo dessas duas crianças na Sessão da tarde, da Globo? O filme que passa longe de qualquer comédia romântica, envolve o amor de outra forma. Põe a mesa diversos temas a serem discutidos como por exemplo: O quanto a ausência de uma mãe pode alterar, se assim posso dizer, as atitudes que uma garota aos 11 anos. O quanto uma presença feminina faz falta nas ações diárias e o quanto a falta de diálogo pode causar conflitos emocionais a uma pré-adolescente. 
Vada, interpretada por Anna Chlumsky se vê encarregada de conviver com desde a "culpa" por ter perdido a mãe em seu parto, até a paixão platônica pelo professor de literatura.
O filme em si envolve a junção de diversos sentimentos, como o de lidar com a morte. Seu pai dono de um funeral, transforma sua casa em uma residência dos mortos, onde Vada aprendera desde sempre a lidar com o clima. Se sentindo ignorada pelo pai, inventa mil e uma doenças para chamar sua atenção, e é aí que entra outro ponto interessante do filme: Até que ponto uma criança vai para conseguir a tão necessitada atenção de seus pais. Ao decorrer do filme, Vada se vê na obrigação de lidar com sentimentos como o ciume. Seu pai, viúvo, redescobre o amor ao conhecer uma maquiadora, que além de gostar de Vada, torna-se sua amiga. Na falta de sua mãe, sua madrasta é quem toma o posto. Vada se sente absurdamente trocada, e tem certa dificuldade ao lidar com o novo relacionamento de seu pai. O que é normal, não é?! Acredito que toda criança que por alguma razão, não tem a presença do pai e da mãe juntos, se vê desamparada ao encontrar um dos dois se relacionando com outra pessoa.
Além de tudo isso, Vada se encontra em uma fase que vai desde a primeira menstruação até ao primeiro beijo, com seu melhor amigo Thommas do qual se via perto, sempre. A amizade dos dois é típica de filme americano onde envolve crianças. Os dois saiam a tarde para andar de bicicleta, subiam em árvores e em uma dessas brincadeiras, a fatalidade de perder o seu amigo/amor para as doloridas e frustrantes picadas de abelhas, do qual ele era alérgico, trouxe aí mas um tema a vista para esse drama. Lidar com a perca!
Outro ponto que me chamou a atenção é que no auge de sua pré-adolescência Vada tinha o desejo de tornar-se escritora, e ao se ver sem seu melhor amigo, cria poesias da qual o mantém vivo além de em seu coração, em sua memória. 
Não há quem não lembre e não se emocione ao rever essa história, embalada pela trilha sonora, My Girl na voz do grupo também americano The Temptations. A musica foi recentemente regravada na voz de Tiago Iorc, o que deu um tom mais suave e atual a melodia. 
Impossível não ouvir a musica e não vir a mente o rosto angelical de Anna Chlumsky e a cena de um first kiss de descobertas e um possível primeiro amor interrompido por uma fatalidade, nos leva ao auge da emoção. 
Com o "My Girl" 2, a história pode ter até ganhando mais conhecimento. Embora o foco tenha mudado um pouco.
A quem nunca assistiu, eu recomendo. Um clássico bom, marcante e cheio de sensações! 

2 comentários:

  1. "My Girl" me lembra minha infância e eu fiquei meio emocionada lendo isso, é estranho saber que esse filme não foi importante só pra mim e caramba, eu me identifiquei MUITO com o texto. Sempre ouço "My Girl" do Tiago arrepiada e cantando a música do começo ao fim sem nem perceber. Como é bom reviver os clássicos! Fiquei com vontade de ver pela 49083 vez! haha.

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  2. E veja. Fiz isso hoje e não me arrependo! Choro cena por cena após a morte. É lindo, não é?! Obrigada pelo comentário, espero que tenha gostado. Beijinhos.

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