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15 de ago. de 2012

E aí, combinei comigo mesma...


Por fim, combinei comigo mesma: Não amo mais! E isso só aconteceria se eu andasse assim, com os olhos fechados. E eu andei, mas olha como estou. Chamuscando, sedenta. Parecendo uma idiota que aplaude em horas erradas. Tropeçando em ares e caindo em terra firme. Mas bom, se fosse pra amar que pelo menos eu amasse menos, me amasse mais e estudasse mais. E olha como eu tô, tá vendo? Calculando verbos e conjugando báskara. Cansei. Eu não cumpro nada com que prometo! Eu não prometo nada que eu possa cumprir e ainda acho graça, porque sou uma boba. Meu Deus, como sou boba! Sou apenas mais uma dessas que ama fingir saber, que ama fingir que lê, que ama fingir que escreve... Que ama fingir e que ama principalmente, quem finge. Mas aí combinei comigo mesma: Não amo mais! Assim, como quem finda uma coisa grande com um espirro! Atchin! Não amo. E veja como me mostro, uma ambulante desgovernada que ignora e ri da política. Que súplica e chora por futebol e ainda desenha corações em cadernos. Eu jurei não amar muito, amar por poucas horas mas foi totalmente vão. Eu amo tão rápido e com tanta força. Amo você, me amo. Amo aquilo mas amo aquele. Amo minhas tias que me presenteiam com presentes entediantes, amo engordar por não ter o que fazer. Amo trabalhar por saber o que fazer, mas amo tanto que me dói. E eu disse, chega. Não amo mais!
Mas por fim, olha como estou, gastando mais do que tenho. Escrevendo mais do que posso. Assim, ainda sim, amando sim.

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