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8 de set. de 2012

Enfim, um fim.


Ela se afasta. Sorri, foi bom. Tá bom... Não quanto estaria se, enfim... Ela se afasta. Foi. Foi porque se sentiu carente. Um poço de solidão, então foi bom. Não tanto quanto seria se pudesse vir com mais frequência, mas... Enfim. Agora é só apagar a luz e ir embora. Com o dever cumprido. Com a dose de felicidade momentânea consumida. Mas ela o cortou, não cortou?! O deixou falando com as paredes e o arrancou dessa rotina transparente da qual sempre fizera parte. Quer saber? Não doeu. Perceba, não doeu. Mas ela volta. Porque se sentiu carente. Porque sua casa ainda a chama quando ela passa em frente. Porque é perigoso, porque é arriscado, ela gosta... Gostaria mais se isso acontecesse com mais frequência, mas tudo bem... Tá tudo bem. E assim vai continuar. Ele não é o homem da vida dela. Mas ela com certeza é a melhor da dele. Estranho é vocês discutirem tanto sobre um relacionamento do qual vocês nem tem. Mas enfim, melhor seria se vocês tivessem. Tão bom seria se ele gostasse dela da mesma forma da qual ela gosta dele. E aparecesse assim na casa dela, repentinamente, da maneira com que ela faz. Enfim, chega. Posso ter observado errado, posso estar errado quanto a essa minha suposição de que seria ele o futuro solitário da história. Mas por fim, eles tem alguma coisa, não têm? Por menor que essa coisa seja. Embora não devam porcaria de explicação nenhuma um ao outro.
Ela acorda cedo, estuda, trabalha, não manda mensagem e nem liga. Vingativa, ele aparece quando quer só quando quer aparecer. Quando quer que ela apareça. Enfim. Ela talvez seja grata. Trinta e duas decepções com a mesma pessoa talvez sirva de alguma coisa. Talvez ele sirva de alguma coisa. Enfim. Embora ela não consiga, acredita sim que para toda história ruim, exista um fim.

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