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14 de jan. de 2013

Relatos de uma mulher meio louca.


Eu esperava na janela, como naquela musica típica brasileira dançante. Menos em um ou dois dias do qual a novela estava muito interessante para eu largar assim. Bons dias, me desgrudei daquele vicio de te perseguir com esses meus dois olhos grandes que fixos em alguma coisa, causam grandes estragos. Você sabe; um empurrão e uma meia palavra. Nós dois sempre fomos assim, a paixão não alterou em nada. A verdade é que após esses diversos meses de nunca, nós nos olhamos como sempre. Ainda que não nos encontremos mais. Eu só sei que as nossas fugidas escondidas perigosas e os nossos momentos instáveis me davam sentimentos nitidamente estáveis. Eu amava isso. Amava! Era amor de vez em quando, mas na grande maioria das vezes era sexo. Só sexo. Aí começou a dar tudo certo. E isso não me agradava. Eu não queria um casamento, eu só queria um amor. Coisas concretas me amedrontam. Você não vai entender porque é que eu sai correndo e mesmo assim ainda que te espere na janela, mas é isso que acontece.
Posso parecer louca porque sou mesmo, um pouco. Chamuscando por aí. Ainda que não fosse sua mulher, seria lembrada com uma louca que você nunca teve. Já era alguma coisa. Eu te amava, mas odiava essa sua ideia de vida concreta. Eu odeio coisas concretas, logo percebi quando começou a dar tudo certo. Bons dias, me desgrudei do vicio de te querer por perto. Sempre fomos assim, a concretização não alterou em nada. A vida nos quis amigos, eu te quis meu amante. Mas minto quando digo que agora te quero por longe... Em outra cidade, em outra dimensão ou cama. Ainda me aproximo de teus risos. Desse romance que só é romance contra a minha vontade, por ter ultrapassado os limites, por ter sido inventado e por ser infelizmente agora, um romance. Eu gritei sim, porque nunca soube não gritar. Isso me cheirava a personalidade, a mesma da qual você nunca aceitou que eu tivesse, até mesmo porque mulher sem personalidade para mim me dói mais do que unha quebrada. Ainda que eu goste de coisas que quebram.
Eu preciso preencher o que perdi, embora acredite que espaços não existam para serem necessariamente preenchidos. Eu queria que tivesse um pouquinho de dois, sem fazer com que isso se tornasse chato. Não precisava ter sido tão doce a ponto de me enjoar. Estava bom do jeito que era, até o amor vir e estragar com tudo. Eu odeio essas idéias de vida concreta. De amor para sempre. De casamento duradouro e mocinho com mocinha. A paixão vem durando há tempos, mas isso acontece porque sou uma louca. Totalmente louca. 


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